quarta-feira, abril 07, 2004

E agora, José?

Quando nos pomos a perscrutar o sentido da vida e não somos monges budistas ou afins, algo vai mal. Ou, pelo menos, não vai bem - sim, que entre o bem e o mal existem muitas hipóteses de lógica incerta que podemos utilizar!
Acontece-nos mais quando não há amor no horizonte, nem dentro de nós. Parece então que a vida se reduziu à rotina e será sempre o repetir das coisas triviais do dia a dia. Só que eu tenho um remédio para isso: basta começar a dar atenção a todas as pequenas coisas que vemos, que nos rodeiam e que na maior parte das vezes nem da sua existência nos apercebemos. É fácil sentir a felicidade por uma fracção de segundo quando nos levantamos e vemos lá fora uma luz de Primavera, um sol que convida a despertar. Ou uma mulher bonita. Ou um crepúsculo digno de deuses - imaginem Lisboa vista da ponte Vasco da Gama, aninhada sob um céu de azul carregado, com parte da luz do dia ainda no seu âmago; um rio como espelho verde escuro afaga-lhe os pés; enquadrem essa imagem em modo panorâmico com os vossos olhos, porque câmaras não captam emoções; sintam o divino dessa imagem, mesmo não professando religião, e tudo faz mais sentido - eu já o vi!
Irra, que lamechice! Mas é verdade. É que às vezes só mesmo sendo lamechas se conseguem expressar certas coisas.
É claro que podemos afogar as crises existenciais em álcool e sexo - também resulta, mas dá ressaca...





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