terça-feira, março 30, 2004

Palimpsesto

Tento raspar-me como velho manuscrito
apagar da vida o que já foi sentido
e reescrever-me no pergaminho
dos caminhos incertos que trilhei.
Balas perdidas acertaram sempre em mim
e mesmo na ausência fui sempre culpado
porque não soube perder nem amar;
(só a vida passou ao lado –
e não adianta chorar do que não sei.)
Reabri a existência lentamente
tentei no palimpsesto ler sobre o passado,
mas nas palavras novas era evidente
que as mesmas coisas faziam o fado
e surgiam os mesmos erros
por todo o lado…





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