sábado, março 20, 2004

Herético

Estou aqui sem saber nada:
Homem estátua de palavra ausente,
besta parada e incoerente
em não-trânsito para lugar nenhum.

Evoco o que nunca sonhei:
Tento encontrar um sentido,
uma brisa de senso, um porto de abrigo,
mas só encalho no lugar comum.

O que será que faço aqui,
embrulhado na história
das façanhas dos outros?
…………………………………
Já me apercebi não ser eu daqui:
O meu olhar é outro
e outra é a minha crença!


Quando as coisas não fazem sentido, quando nos sentimos fora dos outros, talvez olhando dentro de nós e assumindo o que somos e o que pensamos cheguemos a um qualquer renascimento...
Mas sempre transgredindo, porque é da transgressão, do sacrilégio, da heresia, que nascem os caminhos que nos conduzem pelo futuro.






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